quarta-feira, 23 de março de 2011
sábado, 19 de março de 2011
quinta-feira, 17 de março de 2011
Pelos cabelos
Sempre fui um bocado resistente à ideia de que shampoos de supermercado fazem as mesmas vezes que os de cabeleireiro.
E não é que tenho razão? Não é a mesma coisa nem pouco mais ou menos. Esta marca então, o que tem de bom é o preço, factor que faz muitíssimo bem à carteira, mas quanto ao cabelo, parece que fica moldado à cabeça como num dia de chuva. Ah, e não mexe! Aconteça o que acontecer, o cabelo não sai do sítio, o que é capaz de dar jeito em dias de vendaval.
sábado, 12 de março de 2011
Constatação do dia
O aspirador está a tornar-se lento e o detergente do chão cheira a cão molhado. Não, não é o S., ele vive com os meus pais.
quinta-feira, 10 de março de 2011
quarta-feira, 9 de março de 2011
2 semanas mais tarde
Cá estou eu na sala das “testemunhas”. Devo admitir que a loiraça me enganou, vendo bem, acho que deve ter perto de 68 anos (mais coisa menos coisa). Mas é gira na mesma. Acho que não deve ter outras botas, voltou a trazer as mesmas. A técnica da instituição mudou de sapatos, hoje calça uns muito parecidos aos meus sapatos de sevilhana (que apenas uso para dançar). O formador, de óculos enormes, está muito compenetrado a escrever no seu moleskine. Imagino que tenha um blog secreto e que esteja a descrever o ambiente da sala de “testemunhas”, tal como eu, ou simplesmente a fazer as contas à vidinha já que toda a gente sabe que trabalha a recibos verdes e que este é o 2º dia que não lhe pagam. Graças a Deus que mudei de sapatos, entre uma audiência e outra, apesar de achar que esse não é o seu motivo principal de escrita. Por outro lado, venho com o cabelo o mais desgrenhado possível, na esperança que o arguido tenha dificuldade em identificar-me num futuro próximo, caso proceda a uma tentativa de represália. A loiraça já entrou para a audiência. Consigo ouvi-la a dizer que não viu nada e não sabe o que está aqui a fazer. Deve ser do microfone. A seguir fui eu. Depois de me obrigarem a jurar que dizia a verdade e toda a verdade (mas qual verdade? Eu não vi nada!), mandaram-me sentar na cadeira das “testemunhas” (e voltamos ao mesmo), que é precisamente a cadeira que se encontra à frente da que o arguido está sentado. Até ouvia a respiração dele, tal era a proximidade. Já o estava a imaginar a puxar-me os cabelos ou a exibir uma arma branca contra o meu pescoço, quando fui dispensada. Afinal, eu não vi nada.
O dia seguinte
Saio de carro às 9h da manha e não vejo o carro. Ia jurar que o tinha deixado à porta de casa mas dada a relação existente entre o alzheimer e as minhas 2 avós e os esquecimentos da minha mãe (é cansaço, diz ela), presumi que o tivesse deixado noutro sítio, afinal preciso de férias. Posto isto, andei, andei e andei, não fosse ter deixado o carro a 2 km de distância e não me lembrar, mas nada. Então andei, andei e andei em sentido contrário e nada. Comecei a ficar preocupada e andei, andei e andei até à rua debaixo e depois até à rua de cima. Não havia rasto da minha jóia swarovski. Pânico! Me-do! Primeiro pensamento: O arguido roubou-me o carro! Eu sabia que não me devia meter com esse tipo de gente. Acalma-te mulher, acalma-te. Pensei novamente. Porque é que ele me iria roubar o carro? Não faz sentido nenhum! Se ele não quiser que eu testemunhe parte-me um braço, uma perna, o pescoço, dá-me um tiro ou rapta-me. Não me vai roubar o carro porque assim como assim eu podia sempre ir de táxi para o tribunal. Aliás, partia-me era o carro todo ou incendiava-o, não o roubava. Fico sempre mais calma depois de falar com os meus sapatos. Respirei fundo e olhei em frente, estava novamente à porta de casa. Então atravessei a estrada e lá estava ele a sorrir para mim, escondidinho atrás de um jeep grand cherokee, estrategicamente estacionado de forma a tapá-lo. Continuo a achar que foi o arguido que estacionou ali o cherokee para me pregar um valente susto.
- Violência doméstica é crime público e é dever do cidadão testemunhar. Não podemos ficar calados.
-Mas eu não vi nada!
- Então é isso que diz na audiência de julgamento.
- Mas se eu não vi nada e estou a declarar que não vi nada, porque é que vou a audiência de julgamento dizer que não vi nada? Se já sabem que não vi nada, poupavam tempo a todos e não me chamavam, certo?
- Não. O ministério público constitui-a como testemunha e terá que comparecer. Nessa altura terá oportunidade de dizer que não viu nada.
***
E aqui estou eu, numa pequena sala rectangular, com mais 3 testemunhas, debaixo de um silêncio ensurdecedor e de uma imensa luminosidade. Salienta-se o facto da porta ter uma placa que diz testemunhas. Ainda procurei outra sala, dado eu não ter nada para testemunhar, mas todas diziam o mesmo, pelo que optei pela sala mais próxima da saída (nunca se sabe).
Ao meu lado, a vizinha da vítima, uma loiraça de cerca de 60 anos, com umas botas altíssimas fantásticas e chiquíssimas, se ela não estivesse tão contra o mundo, ainda me fazia amiga dela, mas ela está demasiado ocupada a referir que não sabe o que está aqui a fazer, que não viu nada e como tal não é testemunha coisíssima nenhuma (o discurso parece-me familiar). À minha frente está o formador da vítima, que encoraja o discurso da loiraça e acrescenta que desconhece quem lhe irá pagar o dia de trabalho, uma vez que está a faltar e como trabalha a recibos verdes e blá blá blá. Ao lado dele, está a técnica de uma instituição que acompanha a vítima, com uns sapatinhos a fazer lembrar os do traje académico.
Sentadinhos e caladinhos das 9h30 às 13h, para então nos pedirem para sentar na 1ª fila da audiência de julgamento e notificar para um outro dia, “dado o adiantar da hora”. Bonito. Seguiu-se um momento de “conbíbio” digno de ser visto, com o arguido a proferir elogios amistosos às “testemunhas”. Como já não tenho problemas que cheguem, ainda tenho um fulano proveniente de bairro social, armado (e não é em parvo), agressivo e que já teve preso por agressão à autoridade e assalto à mão armada (resumo breve do seu curriculum vitae) que acha que vou testemunhar contra ele. E eu que não vi nada!
domingo, 6 de março de 2011
Das melhores coisinhas que se inventaram
O verniz de gel.
E dura e dura e dura e dura, estou convencida que bate as pilhas duracel aos pontos. Qualquer dia caem-me as unhas, ou os dedos, ou as mãos.
Outra vez a merda do ar condicionado. Volta e meia é sempre o mesmo fandango, é liga e desliga o dia inteiro.
Bimbalhona saloia: Tem que se ligar o ar condicionado. Assim não há condições para se trabalhar.
Mas uma pessoa doente, a tomar medicação, a trabalhar precisamente debaixo do ar condicionado, a levar com ele no lombo o dia inteiro, tem condições para trabalhar, portanto. Esta é que eu não sabia.
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